
Pesquisadores do Hospital de Câncer de Pequim desenvolveram uma tipo de imunoterapia que mostrou um aumento de 40% de sobrevida em pacientes com câncer de estômago em estágios mais avançados da doença.
Os estudos do novo tratamento foram publicados no prestigiado portal The Lancet e apresentados na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO).
O tratamento
O tratamento utiliza stri-cel, um método com células T modificadas, conhecidas como CAR-T. Na prática, ele é um tipo de imunoterapia que utiliza as células dos próprios pacientes. Ao serem modificadas, elas passam a reconhecer e atacar uma proteína chamada Claudin 18.2, presente em tumores gástricos e pancreáticos.
Essa abordagem já é utilizada com sucesso contra leucemias e linfomas, mas essa é a primeira vez que mostra resultados contra tumores sólidos.
“O estudo traz novas esperanças para pacientes com condições que, de outra forma, seriam intratáveis clinicamente”, disse o professor Lin Shen, um dos pesquisadores do Hospital de Câncer de Pequim, em entrevista ao PR Newswire.
O grupo agora quer testar o tratamento em outros contextos, como em pacientes com câncer pancreático e em tratamentos preventivos após cirurgias.
A expectativa é que, em breve, a terapia possa ser usada em estágios mais iniciais da doença também.