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Cláudia sempre plantou o bem e agora colhe amor

Quem planta o bem só pode colher o mesmo lá na frente. Envolvida em projetos sociais há mais de 20 anos, a carioca Cláudia Soares sempre procurou ajudar quem precisa. E agora, quando precisou de auxílio para pagar o tratamento de um câncer, viu uma multidão disposta a contribuir. Em financiamento coletivo criado no site Vakinha há menos de um mês, já foram arrecadados R$ 10 mil – a metade dos R$ 20 mil necessários para cobrir os gastos.

A campanha foi criada por Danusa Machado, amiga de Cláudia há 34 anos. Logo ao descobrir que a parceira de tantos trabalhos sociais era quem agora precisava de ajuda, principalmente financeira, Danusa pensou em formas de estender a mão. “Tive a ideia de fazer uma vakinha e liguei para ela para pedir autorização. Ela disse para eu fazer o que meu coração pedisse. Mas naquele momento ele não me pedia, ele gritava para eu fazer alguma coisa.” 

Cláudia é voluntária e dirige a ONG SOS Amigos há 22 anos. Como missão, o projeto tem o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários através de ações solidárias e fraternas. O lema é “corações que se unem para levar alegria a corações que sofrem.”

Na atuação como voluntária, Cláudia atendeu inúmeras pessoas com dificuldades diversas. E para além da SOS Amigos, esteve sempre disposta a ajudar aqueles que precisam de auxílio. “Amo a promoção social. Ressignificar histórias. Ser instrumento de solidariedade e fraternidade.”

Todo o trabalho foi feito sem a menor pretensão de retorno, ela enfatiza, mas claro que receber tanta ajuda em momento de tamanha fragilidade emociona. “É um ato de amor. Não me preparei para gastos não previstos. E hoje estou recebendo o que sempre me disponibilizei a doar.”

Cláudia conta que ao receber o diagnóstico do câncer de mama, no simbólico mês de outubro, se assustou. Encarou a sensação de finitude e, depois, foi buscando forças para seguir em frente. E ver-se protagonista de uma campanha de amor como essa, ela destaca, tem sido uma das grandes fontes de vigor para vencer a doença. “Sentir e vivenciar essa corrente de amor e solidariedade é indescritível. Só posso entender de uma forma: o bem que você planta é o amor que você colhe.”