
Conectar tecnologia com evolução em tratamentos de saúde é o que motiva o estudante Rafael Fernando Gigante a acordar todos os dias. É com esse objetivo que ele busca aprofundar os conhecimentos sobre a complexidade do cérebro humano e, assim, contribuir para o combate de doenças que desafiam a ciência. O próximo passo é estar presente no Global Research Immersion Program for Young Scientists, na China, para o qual foi selecionado. Ele agora busca os valores necessários para viabilizar a viagem. É possível ajudá-lo, através de campanha no site Vakinha.
Rafael tem 22 anos e cursa atualmente o último semestre da graduação em Física Computacional no Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da USP. Por lá, desenvolve pesquisa de iniciação científica cujo objetivo é investigar os efeitos terapêuticos da estimulação cerebral profunda no circuito neural formado por córtex, tálamo e gânglios da base – especialmente para pacientes com Doença de Parkinson.
“Esse circuito neural um circuito fechado no cérebro que é responsável pela nossa atividade motora voluntária. Em casos de Doença de Parkinson há a degeneração de neurônios dopaminérgicos localizados nos núcleos da base, o que gera um desequilíbrio nesse circuito e leva aos sintomas observados na doença. Um dos tratamentos é a estimulação cerebral profunda”, explica o pesquisador.
Pesquisa de Rafael busca criar modelo que identifique benefícios da estimulação cerebral profunda
Dessa forma, o objetivo da pesquisa que Rafael desenvolve é criar um modelo computacional que permita entender melhor os benefícios deste tratamento, através da simulação de uma estimulação cerebral profunda em estruturas cerebrais diferentes e com diversos tipos de protocolos de corrente que sejam mais eficazes.
A pesquisa de Rafael pode ganhar fôlego e aprofundamento através da participação dele em um programa global de verão Universidade de Fudan, em Xangai, na China. O brasileiro foi selecionado para participar da imersão e pretende, por lá, aplicar os conhecimentos adquiridos no Brasil. “Neste projeto será aplicada técnicas de aprendizado de máquina e inteligência artificial para realizar uma neuromodulação inteligente da estimulação cerebral profunda. Além disso, também iremos utilizar técnicas de aquisição de dados da neurociência para identificar biomarcadores destas doenças neurológicas.”, acrescenta.
Agora, o desafio é arrecadar o valor necessário para viajar à China e permanecer no país por 35 dias. Para isso, Rafael criou uma campanha no site Vakinha e já arrecadou R$ 13,5 mil, em menos de uma semana. É possível ajudá-lo, e por consequência participar dessa caminhada, através do link.